Em 2025, a primavera começa oficialmente nesta segunda-feira, dia 22, às 15h19, trazendo não apenas o desabrochar das flores, mas também mudanças expressivas nas condições climáticas em boa parte do país.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), uma intensa frente fria avança até quarta-feira (24) pelas regiões Sul, Sudeste, além de partes do Centro-Oeste e Norte, provocando temporais precedidos por fortes rajadas de vento. Logo após, a chegada de uma massa de ar frio e seco deverá derrubar as temperaturas, com previsão de geadas no Sul e queda térmica até mesmo na Região Norte.

Na Região Sul, a previsão indica chuvas dentro da média histórica, mas com possibilidade de volumes acima de 300 milímetros em alguns pontos. As temperaturas devem permanecer mais elevadas que o habitual, sobretudo no centro-oeste gaúcho. Inicialmente, os temporais atingem áreas do Rio Grande do Sul e, em seguida, se espalham para os demais estados da região, alcançando também Mato Grosso do Sul e o extremo sul e sudoeste de São Paulo.

A primavera é tradicionalmente chamada de estação das flores porque o aumento da temperatura e da umidade após o inverno favorece o florescimento de diversas espécies, colorindo paisagens em parques, jardins e campos por todo o Brasil.

Segundo o Inmet, no primeiro dia da estação a frente fria já deve alcançar parte do Sudeste e do Centro-Oeste, provocando temporais e podendo chegar até o sudoeste da Amazônia. A onda de frio que se forma no Sul também avançará pelo Centro-Sul e chegará ao Norte do país, fenômeno conhecido como friagem.

Influência do La Niña:

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), agência dos Estados Unidos especializada em previsões meteorológicas, aponta que o fenômeno La Niña deve influenciar o regime de chuvas nesta primavera. Isso ocorre devido ao aumento da umidade proveniente da Amazônia e à formação de sistemas meteorológicos característicos.

A meteorologista Danielle Ferreira, do Inmet, explica que, em anos de La Niña, costuma haver redução das chuvas na Região Sul, tanto em intensidade quanto em frequência, podendo ocorrer períodos prolongados de estiagem. Ainda assim, o fenômeno pode deslocar chuvas para o Sudeste e até áreas do litoral nordestino, dependendo também da temperatura do Oceano Atlântico.

O La Niña é caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico Equatorial, enquanto o El Niño ocorre pelo aquecimento dessas águas. Ambos exercem forte influência sobre o clima em diversas regiões do planeta, reforçando a necessidade constante de monitoramento.

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