Movimento mobiliza entidades e convoca comunidade para buscar troca da concessionária de energia
Lideranças públicas e sociedade civil organizada lançaram abaixo-assinado em movimento intitulado “Estrela quer Energia” para buscar junto à Aneel a troca de fornecedora. Abaixo-assinado pode ser assinado junto à Cacis ou de forma virtual.
27/01/2024
Por @Clic Paverama | contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Notícias Gerais
Em coletiva de imprensa na manhã de sexta-feira, dia 26 de janeiro, no auditório da Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis), foi lançado o movimento “Estrela Quer Energia”, que manifesta o interesse público e coletivo para a troca da operadora de energia no município, hoje concessionada à RGE Sul Distribuidora. Por meio de abaixo-assinado, disponível para assinatura junto à Cacis, entidades parceiras ou de forma virtual, se buscará intervenção da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para cassar e transferir a concessão em todo o território estrelense.
Além da Cacis, encabeçam a iniciativa o Governo de Estrela, o Poder Legislativo, a CIC Vale do Taquari; a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional Estrela; Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Estrela; Ministério Público e, ainda, Lions Clube e Rotary Club. O movimento “Estrela quer Energia” tem como slogan “Ninguém aguenta ficar mais sem luz”.
O abaixo-assinado irá circular presencialmente pelo município e está disponível junto à Cacis e demais entidades parceiras. O documento também poderá ser acessado e assinado de forma online pelo link https://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/60048. Após 20 dias, onde se buscará o máximo de adesão, o documento será entregue pessoalmente pelas lideranças do movimento à diretoria da Aneel, em Brasília (DF).
A medida vem ao encontro dos recorrentes problemas enfrentados pela comunidade local em razão das muitas ocorrências de desabastecimento elétrico ao longo dos últimos anos e agravados em períodos de intempéries climáticas, como os registrados recentemente, entre as quais as enchentes de 2023 e o vendaval da semana passada. A demora por parte da concessionária na tomada de medidas e ações para amenização e solução dos problemas, assim como um plano para melhorias prévias na estrutura do serviço oferecido, corrobora com o intuito.
Recentemente, o Município entrou com mais uma Ação Civil Pública – outra já foi registrada no ano retrasado – contra a concessionária cobrando a falta de fornecimento energético em localidades e propriedades de Estrela, além de uma melhora na regularização dos serviços gerais.
A coletiva de imprensa contou com a presença do prefeito Elmar Schneider; do vice João Carlos Schäfer; presidente da Câmara de Vereadores, Ernani de Castro; presidente da Cacis, Claus Wallauer; presidente do STR Estrela, Rogério Heemann; presidente da OAB Estrela, Rafael Godinho; promotora de Justiça Andrea Almeida Barros; presidente do Rotary Club Estrela, Gilmar Leonhardt; vice-presidente do Lions Clube Estrela, Amanda Arenhart; representante da CIV-VT, Julio Salecker; entre outras autoridades e representantes do comércio e da indústria, assim como lideranças municipais, comunitárias, políticas e jurídicas.
Prejuízos e descaso:
O prefeito Elmar Schneider, em sua manifestação aos presentes, justificou a nova medida. “A população vem sofrendo há muito tempo com a falta de energia ou atendimento precário, instável, por parte da atual concessionária. E chegamos ao limite. A população, com justificativa razão, reclama, e nós buscamos respostas, diversas maneiras de solucionar a situação, medidas e melhorias. Contudo, após não encontrarmos satisfatórios retornos por parte de quem deve isso, vamos pautar e liderar essa frente na luta para, de forma oficial e unida, garantir ao cidadão o que lhe é de direito. Nós não vamos admitir que Estrela fique mais sem energia”, frisou.
O presidente da Cacis, Claus Wallauer, enfatizou que Estrela passou por acontecimentos atípicos, mas que os problemas recorrentes com a falta de energia não são de agora e, sim, atravessam a década. “Por isso precisamos de uma ajuda mútua, uma mobilização de toda a comunidade, pois desejamos respostas efetivas, de ações de verdade”, pontuou.
Palavras como descaso e desserviço foram citadas, assim como a falta de um efetivo atendimento online e pessoal à população através dos telefones de serviços, como exemplificou Julio Salecker, da CIC Vale do Taquari. Ernani de Castro, por sua vez, comentou. “Precisamos de medidas preventivas, e não desculpas posteriores e ações atrasadas após os acontecimentos.”
A promotora Andrea Almeida Barros ressaltou a importância de registros oficiais, conjuntos e legais junto ao Poder Judiciário, citando também as queixas quanto à Corsan. Rafael Godinho, da OAB, atestou. “Estamos aqui para reforçar essa causa e auxiliar no que for preciso.”
Os prejuízos no interior foram duramente exaltados pelo presidente do STR. “Tenho certeza que 100% dos agricultores vão aderir ao movimento. Trata-se de uma iniciativa difícil, mas precisamos tentar”, afirmou Rogério Heemann. Ao fim todos assinaram presencialmente o abaixo-assinado e levaram cópias dos documentos para serem distribuídos.