Em meio à pandemia da Covid-19, os produtores rurais não pararam e produziram o suficiente para alimentar aproximadamente 800 milhões de pessoas no mundo. No Rio Grande do Sul, após as fortes perdas sofridas com a estiagem no verão 2019/2020, a nova safra de grãos deve marcar uma importante recuperação.

Incluindo as lavouras de inverno, que ainda serão colhidas, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção de 38,327 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021, um crescimento de 45,5% em relação às 26,333 milhões de toneladas registradas no ciclo 2019/2020.

Mesmo com as perspectivas para a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas em 2021 indicando redução pelo quarto mês consecutivo, o nível recorde deve ser mantido, alcançando 256,1 milhões de toneladas até o final do ano. 

Toda essa pujança não beneficiou apenas o mercado interno. Muitos parceiros tradicionais aumentaram suas compras e novos mercados se abriram. O Brasil se consolidou como fonte segura de alimentos para o mundo.

No entanto, apesar de todos os bons resultados conquistados, o agronegócio ainda enfrenta um grande desafio: a comunicação. Nesse sentido, precisamos reforçar as ações para conectar o setor agropecuário com a sociedade, mostrando, de forma eficiente, seu real desempenho para o desenvolvimento socioambiental e econômico do país.

A agropecuária brasileira é produtiva e rentável há muito tempo. Nosso país bate recordes de produção, com sustentabilidade e preservação ambiental, mesmo diante dos impactos sofridos de acordo com particularidades de cada região do Brasil.

O público do agronegócio é formado por diferentes perfis, por isso, da porteira para fora a comunicação deve ser responsável por mostrar a verdade sobre o setor que gera riquezas e representa uma grande parte do nosso PIB. A valorização do agro passa pela informação de qualidade, afinal, contra fatos não existem argumentos.

Gilkiane Cargnelutti – Jornalista

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