Procura pelo Pronto Atendimento do HOB aumenta em 75,8% na véspera do Carnaval
20/02/2021
Por Clic Paverama | Contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Saúde e Bem-estar
Na segunda-feira, dia 15, o Pronto Atendimento do Hospital Ouro Branco (HOB), de Teutônia, registrou 148 atendimentos, 75,81% acima da média diária desde o início do ano de 2021. A média de todo mês de janeiro foi de 82,74 pacientes/dia.
Somente na segunda e na terça-feira de Carnaval, o volume foi de 265 atendimentos. A maior concentração ocorreu ao longo do dia, especialmente na segunda-feira, das 7h às 10h, com 40 aberturas de ficha de atendimento.
A grande demanda ocasionou filas e lentidão. Uma das justificativas, conforme a direção da casa de saúde, está na demanda reprimida do feriado prolongado, com postos de saúde fechados. “O tempo de espera praticamente dobrou na segunda-feira, véspera de Carnaval. Outro agravante foi a falta de espaço físico, pois a recomendação dos órgãos de saúde é a não aglomeração e a prática do distanciamento. Com isso, muitos pacientes aguardaram na calçada para serem atendidos, uma vez que as cadeiras não podiam ser utilizadas na sua totalidade”, comenta o diretor-executivo do HOB, Ornelio Kleber.
A equipe contou com dois médicos plantonistas durante o dia e dois no turno da noite, profissionais que dariam conta da demanda, considerando a média normal de atendimentos à população.
A procura esteve enquadrada como pouco urgente (54%), não urgente (24%) e urgente (22%). “De toda demanda, 78% teria sido atendida nos postos de saúde do município”, acrescenta Kleber.
A volta à normalidade foi registrada após a meia-noite de terça-feira, dia 16. “O HOB vem trabalhando incansavelmente em bem atender à população. Neste caso específico, pedimos desculpas àqueles que tiveram que aguardar além da média normal, foi humanamente impossível atender a todos que nos procuraram num prazo razoável”, conclui o diretor-executivo do hospital teutoniense.
“Gostaríamos de pronto atender a todos, rapidamente”
“Na segunda-feira de Carnaval, torna-se trágico ser paciente, mas também ser médico no Pronto Socorro, pois por mais que se faça, nunca será suficiente. Sim, médicos são pessoas, que apesar de estarem de plantão, têm necessidades fisiológicas e capacidades humanas. Se antes eram postos, consultórios, ambulatórios e médicos nas empresas, em dias assim, há somente um lugar a procurar, que tem limitações, como todos os lugares e serviços”, ressalta o coordenador médico do Pronto Socorro do HOB, Dr. João Batista Mayer Fornari, mencionando ainda o trabalho da enfermagem, recepção, higiene e demais profissionais ligados à saúde.
Ele acrescenta: “gostaríamos de pronto atender a todos, rapidamente, mas nem sempre a queda da vovó é só um tombo e resolve-se com receita; a tosse da criança que precisa de intervenção e novas avaliações; a dor no peito da jovem não se resolve com um eletro somente”.
Fornari conclui com uma reflexão. “Não há forma fácil de resolver ou de entender porque há demora no atendimento, já que quem procura o PS quer resolver a sua dor. Mas há de se entender que tudo tem seu tempo, há dores que serão resolvidas em minutos, outras, em horas, e algumas, não serão, mas a Medicina é isso. Nem sempre curar, as vezes e, na maioria delas, tratar. E tratar é além de ser atendido, seguir as orientações, usar a medicação e ter o acompanhamento devido com seu médico. Mas quando há uma demanda que não consegue ser absorvida de pronto numa unidade de urgência, é porque nosso sistema de saúde pede socorro, também”, finaliza.
Créditos: Leandro Augusto Hamester
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