A Emater/RS-Ascar e a Prefeitura de Paverama realizaram na última sexta-feira (21/10), na propriedade do agricultor André Ulrich, da comunidade de Linha Brasil, uma Tarde de Campo com o tema Regulagem de Máquinas e Equipamentos e Uso de Bioinsumos. Na ocasião, um público aproximado de 60 pessoas acompanhou quatro estações em que foram abordados temas, como, manutenção e regulagem de pulverizador e tecnologia de aplicação, regulagem de semeadora, regulagem de colheitadeira e perdas na colheita e controle da cigarrinha. 

 O objetivo da atividade, de acordo com a extensionista da Emater/RS-Ascar Marlova Pretto, foi o de discutir tecnologias disponíveis, compartilhar conhecimentos técnicos entre agricultores e qualificar a produção minimizando perdas de forma sustentável. “Esta é uma ação que surge a partir de um diagnóstico que envolve a ampliação da aquisição de máquinas e de equipamentos a partir da área plantada de grãos”, destaca Marlova, que reafirma a importância da parceria com as empresas Samaq e Biotek pra consolidação do evento. 

 Para o anfitrião da tarde, a busca permanente por melhorias para a lavoura é importante, uma vez que possibilitam a redução de custos e o aumento da produtividade. “A gente sempre tem o que aprimorar, o que pode tornar nossas operações mais precisas”, avalia Ulrich. Com uma área plantada de 60 hectares de grãos – milho e trigo, com o trigo sendo intercalado com a soja -, além de mais 15 de pastagens -, o agricultor tem trabalhado para reduzir o número de aplicações de defensivos, especialmente pelo valor elevado dos insumos. O que fez com que alcançasse as 160 sacas de milho colhidas por hectare. 

 Indo ao encontro do que afirma o produtor, a estação sobre manutenção e regulagem de pulverizador, ministrada pelo extensionista da Emater/RS-Ascar Michael Serpa, destacou a importância de se estar atento a questões gerais dos equipamentos, vão podem ir desde o produto utilizado – de preferência sistêmico, com maior cobertura de folha -, até o tipo de ponta utilizada ou do tamanho da gota. “Em muitos casos, algumas medidas do manejo podem reduzir as aplicações em até 50%, o que é positivo não apenas no que diz respeito à economia, mas também à saúde do operador e mesmo ao meio ambiente”, frisa Serpa. 

 Já a regulagem do maquinário também pode auxiliar a minimizar as perdas da colheita, como no caso da colheitadeira, sendo importante observar plataforma de corte, alimentação, trilha, separação, limpeza e outros aspectos. Já a regulagem da semeadora auxilia o agricultor no plantio, ampliando a produtividade. “Questões como velocidade da semeadura, calibragem dos pneus, limpeza e lubrificação das engrenagens e das correntes e checagem de tubos de sementes devem ser sempre monitorados” pontua o extensionista da Emater/RS-Ascar Carlos Fries. 

 Já a última estação abordou o ciclo e as condições de aparecimento da cigarrinha – e as formas de monitoramento da praga. Evitar implantar lavouras próximas de lavouras mais “velhas” ou mesmo evitar semeaduras em áreas próximas a lavouras com enfezamento podem ser formas de minimizar os efeitos da cigarrinha. “Além disso, eliminar o milho guacho de safra anterior, diversificar e rotacionar cultivares de milho, sincronizar a época da semeadura e fazer a aplicação correta dos inseticidas, são maneiras de conter a praga”, avalia o extensionista da Emater/RS-Ascar Alano Tonin. 

 Presente na Tarde de Campo, o gerente regional da Emater/RS-Ascar Cristiano Laste valorizou a ação, destacando a importância de levar boas tecnologias aos produtores, como forma de qualificar o trabalho na lavoura, o supervisor da Emater/RS-Ascar Fábio Encarnação, além de secretários, vereadores e representantes de entidades, como o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), de instituições financeiras e outras também prestigiaram a atividade.