Em resposta à detecção de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no país, quatro estados brasileiros declararam estado de emergência zoossanitária, com validade por 180 dias.

A medida foi adotada pelos estados do Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Tocantins, na sequência de Santa Catarina, que havia anunciado sua entrada na fase de emergência na última sexta-feira, dia 21.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) recomendou que os estados reforçassem as ações de contenção e impedissem o avanço da doença, especialmente no setor de aves comerciais. Em resposta a essa orientação, os governos estaduais tomaram a decisão de declarar a emergência zoossanitária, buscando conter a propagação do vírus e proteger a avicultura no país.

O Rio Grande do Sul ainda está avaliando a posição que tomará em relação à diretriz do Mapa e os possíveis impactos da medida em seu território. Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), o estado não registra foco da doença na avicultura comercial ou nas aves de subsistência até o momento.

Até o momento, foram confirmados dois casos da doença, um no Espírito Santo, na cidade de Serra, e outro em Santa Catarina, em uma pequena propriedade no município de Maracajá. Diante da situação, a declaração de emergência zoossanitária em nível nacional pelo Mapa possibilita o repasse de recursos da União para ações necessárias, além de promover a articulação entre o governo federal e organizações envolvidas.

Para acessar os recursos, estados e municípios afetados precisam adotar medidas semelhantes, mesmo nas áreas onde não há registro de foco da doença, como ressalta o Ministério da Agricultura e Pecuária em nota oficial. Essa medida é considerada fundamental para garantir a eficiência do enfrentamento à gripe aviária e conter sua disseminação em âmbito nacional. As autoridades enfatizam que a cooperação entre todos os níveis governamentais é essencial para mitigar os impactos da doença no setor avícola brasileiro.