Golpe dos Nudes: operação prende suspeitos de envolvimento em 10 cidades do RS
Polícia Civil, que realiza operação em 10 cidades do RS nesta terça-feira, diz que são pelo menos 14 pessoas lesadas no Estado, em São Paulo e até no Japão.
22/02/2022
Por Clic Paverama | Contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Polícia e Trânsito
Uma ação para combater o “Golpe dos Nudes” foi deflagrada, nesta terça-feira (22), pela Polícia Civil. Os agentes cumpriram 42 mandados de busca e de prisão em 10 cidades do Rio Grande do Sul. Pelo menos 11 pessoas foram presas. A 2ª fase da Operação X-com visa coibir aos crimes de extorsão e associação criminosa, por meio do já conhecido “Golpe dos Nudes”. Também foram cumpridas ordens judiciais nos municípios de Esteio, Porto Alegre, Alvorada, Gravataí, Montenegro, São Borja, São Leopoldo e Itaqui.
A investigação é realizada pela equipe da Delegacia de Polícia de Esteio, na Grande Porto Alegre. A titular do órgão policial, delegada Luciane Bertoleti, informou ao Litoral na Rede que os presos no Litoral Norte são pessoas que emprestavam as contas bancárias para os depósitos exigidos das vítimas do golpe. O trabalho teve início em setembro de 2021, quando foram identificados diversos criminosos , vinculados a detentos ou ex-presidiários.
Golpes dos Nudes
A ação dos bandidos consiste em um primeiro contato ou por uma rede social ou pelo aplicativo WhatsApp, onde uma pessoa jovem e bonita instiga a vítima a trocar mensagens de cunho sexual e fotos íntimas. Na sequência, outra pessoa se apresenta como pai da jovem, dizendo que a filha é menor de idade e que vitima estaria praticando pedofilia.
Para não denunciar, o suposto pai exige depósitos em dinheiro. Na maioria das vezes, após o recebimento de valores, o criminoso continua exigindo novos pagamentos dizendo que haverá a necessidade de submeter sua filha a tratamento psicológico ou, ainda, exigindo o depósito de valores para reparar prejuízos materiais.
De acordo com a Polícia Civil, também é comum, nesses casos, a presença de uma quarta pessoa envolvida, que se apresenta como policial, muitas vezes com fotos e nomes reais retirados das redes sociais, dizendo que está sendo registrada uma ocorrência, e que será expedido mandado de prisão contra a vítima, a deixando desesperada e fazendo com que deposite mais dinheiro aos golpistas.
“A verdade é que, a partir do diálogo com a vítima os criminosos percebem qual o seu temor, dessa forma, ora interpretam a figura de um pai revoltado, ora de um delegado ou agente que irá tomar as devidas providências e, caso não dê certo, acabam ameaçando a vítima a expor sua fotos intimas para a própria família e em redes sociais”, explicou a delegada Luciane Bertoleti.
Fonte: Polícia Civil/Portal LeOuve/GaúchaZH/Redação