O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou a decisão de encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, uma das principais iniciativas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A medida conjunta foi comunicada aos secretários estaduais de Educação por meio de um ofício enviado na segunda-feira, dia 10, pelos ministérios da Educação e da Defesa.

O Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares foi implementado por Bolsonaro com o objetivo de promover uma maior participação das Forças Armadas no ambiente escolar, visando fortalecer a disciplina, a hierarquia e os valores cívicos. A iniciativa previa parcerias entre as secretarias de Educação e as Forças Armadas para implementar um modelo híbrido de gestão nas escolas, combinando características civis e militares.

A decisão do governo de Lula de encerrar o programa representa uma mudança de direcionamento na política educacional do país. Segundo o ofício enviado aos secretários estaduais de Educação, a justificativa para o encerramento do programa é a necessidade de redirecionar os recursos para outras áreas prioritárias da educação, como a valorização dos professores, a melhoria da infraestrutura escolar e a ampliação do acesso à educação de qualidade.

A decisão foi recebida com diferentes opiniões por parte dos envolvidos no setor educacional. Alguns defendem que o modelo de escolas cívico-militares pode trazer benefícios, como o fortalecimento da disciplina e o estímulo ao patriotismo. Por outro lado, críticos argumentam que a militarização das escolas não é a solução para os desafios educacionais do país e que o investimento deveria ser direcionado para outras áreas, como a formação e capacitação dos professores.

Com o fim do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares, o governo de Lula busca estabelecer uma nova abordagem para a educação brasileira, priorizando políticas que possam promover uma educação inclusiva, de qualidade e voltada para as necessidades dos estudantes. A expectativa é que sejam implementadas medidas que busquem fortalecer a formação dos professores, melhorar a infraestrutura escolar e promover uma educação que valorize a diversidade e os direitos humanos.