Menino de três anos precisa de cirurgia para não perder a visão

Na secretaria municipal de Saúde de Paverama, a mãe conseguiu o agendamento de uma consulta, através do Sistema Único de Saúde, para a próxima quarta-feira, 1º de março, no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre.

Por Clic Paverama
Em Paverama

Uma família moradora do Centro de Paverama vive um drama em relação à saúde do filho caçula. No início do mês de fevereiro, Davi Galileu Vargas do Couto, de 3 anos e meio, foi diagnosticado com catarata congênita e precisa de uma cirurgia urgente para não perder totalmente visão.

Segundo a mãe, Inara Beatriz de Vargas, há cerca de quatro meses a família começou a perceber que o filho menor se aproximava cada vez mais da televisão e colocava objetos muito perto de um dos olhos para enxergá-los. “Eu colocava ele no sofá e ele ia colando na TV. A gente achava que era para encostar nos desenhos, mas comecei a observar mais. Ele não conseguia procurar um objeto no chão. Observei que ele tinha uma bolinha branca aonde temos a bolinha preta do olho. Foi aí que levei em um médico em Estrela”, contou.

Depois de alguns exames, na primeira semana de fevereiro veio o diagnóstico de que Davi tem catarata congênita. A doença já fez com que ele perdesse totalmente a visão de um olho e, do outro, restam 40%. Segundo a mãe, o médico a orientou a procurar procedimento cirúrgico para o menino em 30 dias para que ele não perca totalmente a visão. A cirurgia custa cerca de R$ 20 mil e a família, que tem seis filhos, não dispõe recursos para arcar com as despesas particularmente.

Inara conta que procurou diversos órgãos em busca da cirurgia para o filho. Junto ao Ministério Público, ingressou judicialmente contra o Governo do Estado requerendo o pagamento da cirurgia. Na secretaria municipal de Saúde de Paverama, a mãe conseguiu o agendamento de uma consulta, através do Sistema Único de Saúde, para a próxima quarta-feira, 1º de março, no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre. Conforme Inara, como havia feito as primeiras consultas e exames particulares, eles não são válidos para iniciar o procedimento pelo SUS, portanto, terá que passar pela consulta da próxima quarta-feira para fazer a cirurgia pela rede pública de saúde.

A família corre contra o tempo. “O médico disse que a cada dia vai piorando. A gente nota a diferença a cada dia”, relata. De acordo com a mãe, ainda não se sabe se Davi Galileu nasceu com a catarata congênita ou desenvolveu após os dois anos de idade. “O médico explicou que, se ele nasceu com a catarata e na época não foi visto, vai ser muito difícil conseguir reverter o que ele já perdeu da visão. Mas se desenvolveu depois dos dois anos, talvez melhoraria um pouco. Mas se deixar, ele pode perder total”, lamenta a mãe.

Saiba Mais:

A catarata congênita ocorre por alterações na formação do cristalino e é a principal causa de cegueira na infância. Qualquer opacificação do cristalino presente no nascimento é uma catarata congênita. Dependendo do grau de opacificação, pode haver interferência na passagem de luz, por distorção ou redução na quantidade de raios luminosos que atingem a retina de bebês.

Por ser uma causa comprovada de cegueira infantil e por requerer diagnóstico precoce e tratamento cirúrgico imediatos, a catarata congênita depende de atenção especial de profissionais de saúde. O diagnóstico acurado e precoce é a chave para evitar complicações irreversíveis, e deve ser importante a participação de pediatras, obstetras e de neonatologistas para a averiguação correta desse problema de saúde visual precoce.

Foto: O Fato Novo

O Fato Novo/Redação Clic Paverama