Ministério da Saúde comprará 54 milhões de doses da Coronavac na terça, diz Butantan
Plano Nacional de Imunização prevê contratação de 46 milhões de doses até 30 de abril.
29/01/2021
Por Clic Paverama | contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
Em Política
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta sexta-feira que o governo federal se manifestou sobre a compra do lote com 54 milhões de doses da vacina Coronavac e que deve assinar o contrato na terça-feira (2). Os imunizantes são desenvolvidos pelo instituto em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
"Com relação à contratação adicional das 54 milhões, alguns minutos atrás recebi uma comunicação da pessoa responsável pelo departamento de logística do Ministério da Saúde avisando que o contrato será assinado na terça-feira da próxima semana", disse Covas. "É uma notícia que todos nós esperamos que se concretize", destacou.
Antes da coletiva de imprensa, governadores solicitaram, por meio de um ofício encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro, que o governo federal comprasse as 54 milhões de doses da CoronaVac — com produção prevista pelo Instituto Butantan para os próximos meses, mas que ainda não tem acordo fechado para aquisição.
No documento, os gestores solicitam ainda que o governo liberasse os estados para comprarem o imunizante, caso o acordo não se concretize. "A esse respeito, solicito ao Governo Federal celebração de contrato de compra firme do total de vacinas produzidas pelo Instituto Butantan, assim como o estabelecimento de acordo visando à apresentação do cronograma para a entrega das próximas doses, o que possibilitaria aos estados e municípios maior capacidade de planejamento na vacinação", diz o ofício, assinado pelo governador do Piauí, Wellingyon Dias (PT), coordenador da temática de vacina no Fórum Nacional de Governadores.
"Caso não seja possível confirmar a aquisição federal dos referidos imunizantes, pleiteio que seja viabilizada a opção de compra por parte dos estados brasileiros, conforme anteriormente aventado", complementa.
Além da CoronaVac, o ofício cobra também uma posição quanto a produção de outras 100 milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca, desenvolvida com a Fundação Oswaldo Cruz, "totalizando 200 milhões de doses, as quais seriam essenciais para vacinação de aproximadamente metade da população brasileira".
O contrato para a inclusão da vacina no Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, com previsão de entrega até 30 de abril.
Correio do Povo