300 mil consumidores foram indenizados pelas seguradoras somente em razão de problemas com os seus aparelhos de celular. E a procura para esta modalidade de seguros só aumenta: entre 2016 e 2017, o número cresceu 70%.

O montante movimentado nestas transações já passa dos R$ 900 milhões anuais. De acordo com o professor da Escola Nacional de Seguros, José Varanda, a insegurança da população é a responsável pelo número.

“Existem outros motivos que não seriam tão significativos, por exemplo, hoje o celular pelo valor que está, uma queda, um acidente ou algo parecido com isso, acaba causando um prejuízo com a perda do equipamento. Mas é basicamente por causa do roubo e do furto qualificado que hoje está muito elevado”, aponta o professor.

A base de dados do Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas aponta que mais de 180 mil celulares foram bloqueados - em função de perda ou roubo - somente em 2017, em todo o país.

O seguro para um smartphone custa, hoje, em torno de 25% a 35% do valor inicial do aparelho. Ainda de acordo com José Varanda, este nicho de mercado tende a estabilizar nos próximos anos.

“Eu entendo que vai estabilizar mais ou menos nessa faixa de valor. Nesses últimos meses a gente teve até um aumento um pouco maior do que era esperado pela média, por causa do Carnaval, que é uma época que acontece muitos furtos”, afirma.

Os seguros de proteção de celulares incluem coberturas para roubo e furto com vestígios como, por exemplo, rasgos em uma bolsa. Há, também, como se prevenir de danos físicos e outros acidentes causados pelos próprios usuários.