Produção da erva-mate vai ganhar roteiros turísticos no RS

Mobilização iniciou na cidade de Machadinho, no Nordeste do Estado.

04/01/2020

Por Clic Paverama | contato@clicpaverama.com.br | Clic do Vale
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A Emater/Ascar-RS, entidades da cadeia produtiva, turismólogos e associações de produtores e de municípios farão estudos neste ano para estabelecer Rotas da Erva-Mate nos cinco polos produtores da folha no Rio Grande do Sul. A mobilização começou por Machadinho, no Nordeste, em dezembro, e vai prosseguir no Alto Uruguai, Planalto, Missões e Alto Taquari/Vale do Taquari.

A meta é estabelecer os roteiros turísticos que serão usados para divulgar o produto. Os levantamentos deverão fazer um inventário da rota turística, organizar e montar os roteiros e, ainda, confirmar a viabilidade técnica de cada atrativo. Depois de identificadas as características de cada um dos cinco polos, também será analisada a integração de todos, já que são complementares uns aos outros.

O projeto turístico faz parte do Programa Gaúcho para a Qualidade e a Valorização da Erva-Mate da Emater. “A ideia é valorizar os aspectos culturais, sociais, ambientais, econômicos, históricos e gastronômicos da bebida que faz parte do dia a dia do gaúcho”, esclarece o agrônomo Ilvandro Barreto de Melo, coordenador-técnico do Programa, referindo-se ao chimarrão.

Quando em operação, os roteiros terão o objetivo de atrair tanto os gaúchos como pessoas de fora do estado e de fora do país. “Esperamos receber, principalmente, os uruguaios, já que eles consomem muita erva-mate”, ressalta Melo. “Mas também outras nacionalidades serão bem-vindas, já que a planta é um produto típico e está ganhando espaço internacional no mercado de bebidas”, complementa. Apesar de o projeto não estar finalizado, alguns municípios já promovem ações turísticas, como é o caso de Venâncio Aires, com a “Rota do Chimarrão”, e de Palmeira das Missões, com os “Caminhos da Erva-Mate”, que serão incluídas na Rota.

O Brasil exporta 35 mil toneladas de erva-mate por ano, para 33 países. Só no Rio Grande do Sul há 14 mil propriedades produtoras da planta, conforme dados do Fundomate. Por isso, Melo é otimista: “A erva-mate pode contribuir com o turismo e este também pode acrescentar ao produto, valorizando-o”, sustenta o agrônomo. O vice-presidente do Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate), Clairton da Fonseca, lembra que houve desvalorização do preço da erva-mate a partir de 2013 e acredita que o projeto ajudará a aumentar a demanda. “O próprio roteiro é um mecanismo de divulgação, consolidação e valorização do chimarrão”, afirma.

Correio do Povo