Meio Ambiente e Sustentabilidade por Márcio Silva do Amaral
Mude a Rotina!
O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Entendido isso, há outra coisa que temos que considerar: nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto mediano tem cerca de três mil pensamentos por hora. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente essa quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada. Quando vivemos uma experiência pela primeira vez, o cérebro dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.
É quando nos sentimos vivos. Conforme a experiência repete, o cérebro vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e "apagando" as experiências duplicadas.
Agora podemos entender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos.
Quando começamos a dirigir carros, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao extremo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Não dirija falando no celular!
Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas; o cérebro já sabe qual marcha trocar.
Em outras palavras, nós já vivenciamos aquela experiência. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa... São apagados de noção de passagem do tempo...
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir: as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, dificuldades, reclamações...enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.
Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... rotina.
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida acaba apenas repetindo tudo.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: a mudança e o desafio.
Mude, fazendo algo diferente. Seja voluntário e ajude pessoas. Seja generoso. Vamos sentir que realmente há mais alegria em dar do que em receber. – Atos 20:35