Meio Ambiente e Sustentabilidade por Márcio Silva do Amaral
A pior pandemia da história?
A primeira guerra mundial se encaminhava para o seu desfecho final com milhões de mortos em outubro de 1918. A Espanha, que não estava participando da guerra, alertou que pessoas estavam adoecendo e morrendo em números alarmantes. Essas circunstâncias deram origem ao nome da pandemia de 1918: gripe espanhola. Embora a origem da doença tenha sido localizada no estado do Kansas, EUA.
A nova gripe era um monstro que agora aparecia nas manchetes internacionais.
“A ciência não sabia explicar a causa da doença ou exatamente como ela se espalhava. Foram tomadas medidas de saúde pública: portos ficaram de quarentena, cinemas, igrejas e outros locais onde as pessoas se reuniam foram fechados. Por exemplo, em San Francisco, Califórnia, EUA, as autoridades ordenaram que a população usasse máscaras de proteção. Quem fosse apanhado em público sem a máscara era multado e até preso. Mas parecia que nada dava certo. Essas providências foram simplesmente insuficientes e tardias.” – Despertai! 22/12/2005 pp. 4-6.
Até hoje, 2020, por motivos ainda não explicados, a pandemia de 1919, atacou e matou jovens fortes e saudáveis. A maioria dos que morreram da gripe espanhola tinha entre 20 e 40 anos.
A doença chegou rápido e com muita força em alguns lugares. Num curto período de tempo, a nova gripe tinha matado mais gente do que qualquer outra pandemia na história humana.
John Barry, já mencionado, diz: “A influenza matou mais pessoas em um ano do que a Peste Negra da Idade Média em um século; matou mais pessoas em 24 semanas do que a Aids em 24 anos.” – The Great Influenza
A ciência de mãos atadas
Barry observa: “Na época, os cientistas entendiam muito bem a dimensão da ameaça da gripe, sabiam curar pneumonias bacterianas secundárias e deram conselhos sobre saúde pública que salvariam dezenas de milhares de americanos. Mas os políticos ignoraram os conselhos.” – The Great Influenza
Um vírus mortal
Quando o vírus infecta (invade) uma célula humana, se reproduz muito rápido, em cerca de dez horas, entre 100 mil e 1 milhão de novas “cópias” do vírus rompem a célula. A característica assustadora desse organismo simples é sua alta velocidade de mutação. Como o vírus se reproduz muito rápido, suas “cópias” não são exatas. Algumas são diferentes a ponto de não serem detectadas pelo sistema imunológico. É por isso que enfrentamos diferentes vírus gripais todo ano.
Uma nova pandemia
Há 17 anos a revista médica Vaccine noticiou: “O vírus causador da pandemia pode surgir na China ou num país vizinho e incluir antígenos e características de virulência provenientes de vírus que atacam animais.”
Estamos em 2020 e uma nova pandemia surgiu. Embora seja de uma outra família, o surto da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2 continua evoluindo. Apesar de haver vários sintomas semelhantes para dois vírus, a estatística mostra que a evolução da doença parece ser diferente. Para a COVID-19, os dados sugerem que 80% dos infectados apresentam sintomas leves ou são assintomáticos, 15% são infecções graves e requerem oxigênio e 5% são infecções críticas, que requerem ventilação. Os números de infecção graves e críticas seriam maiores que as observadas para infecção por Influenza.
Novo coronavirus
Na verdade, os coronavírus são conhecidos desde os anos 1960. Estão por toda a parte e são a segunda principal causa do resfriado comum. Até então não representavam graves problemas à saúde humana.
Mas o novo coranavirus está aí batendo em nossa porta. É necessário tomar todas medidas possíveis para proteção. Não vamos queres fazer parte da triste estatística brasileira dentro duma média de 700 vidas perdidas diariamente. Hoje ainda são números, amanhã pode ser eu, você eu alguém de nossa família a perder a vida. Aí deixará de ser apenas uma estatística.