Psico-Socializando por Henrique Weber

Quando se perde o desejo

Essa semana eu li uma matéria sobre relacionamento no blog da Ana Canosa (Uol), em que o marido se queixava que procurava sexualmente sua mulher, mas ela nunca estava disposta, se queixando de dores no corpo e indisposição física e mental, e que “o problema não era com ele”.

Gostei muito da colocação da blogueira e vou procurar colaborar com o tema. Primeiro, que esta verdade “o problema não é com ele” revela que o marido não está lhe fazendo algum mal, mas há algo nesta indisposição que deve estar endereçada a ele, no que refere a vida a dois.

Podemos pensar que dentro da psicossomática, as dores podem ser um sinal de defesa do corpo a alguma situação acumulada, que não foi metabolizada e começa a dar sinais/ expressão de socorro. A indisposição física e mental parece confirmar, pois são dois sistemas que procuram regular as atividades cotidianas e que parecem dar sinais de cansaço.

Continuando na leitura, gostei demais da percepção da blogueira que diz que as mulheres procuram desligar a chave da interação sexual para poder organizar a casa interna antes de se abrir para abraçar um homem. As mulheres costumam ter uma sensibilidade maior com o seu corpo/ sentimentos e administram melhor seu tempo sem sexo.

Muitos homens tem dificuldade de entender isto, e muitas vezes, não conseguem trabalhar o seu relacionamento com a mulher, por estar muito centrado na forma masculina de realização sexual. Ou seja, estou em conformidade com a blogueira no caso trazido. Talvez, o sexo não está contemplando as necessidades dela, por não chegar a satisfação orgástica, por ter “secado a relação” e ela sentir dor.

Desta maneira, é preciso ver a relação do casal, um olhar que a contemple. Não é uma tarefa de mão única, certamente existe uma construção dessa relação que priorizava mais o homem que a mulher. É necessário se implicar no problema, colocando-o como dos dois. Ver os planos, os projetos, o trabalho, os sentimentos de um em relação ao outro, a relação sexual, é preciso ter um olhar mais amplo do casal.

Convém partir para uma conexão com o feminino, tanto da mulher quanto do homem. Investir no contato. A massagem é bem vinda porque é o toque, tão valorizado pelas mulheres. Mas, mais do que isso, poder se ocupar nesse olhar feminino.

Não é receita e por isso não é garantia de salvação do casamento, pois há mistérios na complexidade humana que não temos controle. Porém, é importante que se faça esse movimento. O tempo só corre pra frente, e muitas vezes, assumir hoje o problema conjugal evita o desgaste de amanhã.

Dentro desta confusão de sentimentos que muitas vezes não encontramos respostas, vale a pena procurar a psicoterapia, pois se pode aprender muito numa situação de crise.

Psicólogo clínico, Palestras e atendimentos on-line

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