Como a psicologia define o estresse?

É compreendido como uma reação natural do organismo aos eventos de perigo e ameaça. É como nós funcionamos quando surpreendidos, por algo que nos coloca em um estado de alerta, gerando alterações físicas e emocionais.

Vamos imaginar a seguinte situação: você começa a apresentar alguns sintomas como por exemplo, dores de cabeça, dificuldade de atenção, dificuldade de memória, problemas intestinais, e então resolve procurar um médico. Ele pode solicitar diversos exames, tendo em vista possíveis diagnósticos e então ao final da consulta, o médico sugere que você busque atividades físicas e evite se estressar. Atividade física é algo possível, tranquilo de você colocar o seu corpo em movimento. Mas quanto ao não se estressar?

Neste momento você se depara com as inúmeras situações da sua vida diária que lhe geram estresse, que envolvem a sua família, o seu trabalho, o risco da sua saúde e tantas outras questões que parecem inevitáveis. E realmente elas são!

Mas disso depende a sua vida, a qualidade dela, sua saúde e relacionamentos, então o que é possível fazer?

Num primeiro momento, acredito ser interessante compreender que o estresse faz parte, aceitar a vida como de fato ela é e acontece!

O estresse também está relacionado ao medo, onde decidimos fugir ou lutar. Para resolver situações estressantes nosso cérebro automaticamente começa a fazer conexões gerando memórias, trazendo ações para solucionar o problema. E você sabia que no processo de memorização o cérebro nunca apaga as memórias relacionadas ao medo? Justamente para garantir nossa sobrevivência! Se é para nossa sobrevivência, temos que agradecer, não é mesmo?

Mas quanto às doenças que possuem a causa no desequilíbrio gerado pelo estresse? Num processo de psicossomatização (inicialmente dilemas emocionais se transformam rapidamente em reações químicas e físicas em nosso corpo, potencializando doenças das mais variadas). Não havendo separação entre corpo e mente, tudo ocorre de forma rápida e interligada, tão rápida que temos a impressão de ser “do nada”. Você lembra de uma situação em seu trabalho, que lhe gera estresse e preocupação, e então rapidamente precisa ir ao banheiro, o famoso “piriri”. Pois é, não temos como evitar muitas das situações as quais vivenciamos.

Mas ainda a respeito do assunto “Estresse”, quero compartilhar com você uma entrevista que assisti na aula de Avaliação Neuropsicológica da Memória Memória | Ivan Izquierdouma entrevista do Dr. Drauzio Varella com Ivan Izquierdo Neurocientista, maior autoridade em Memória brasileira e ele aborda sobre estresse e revela vivências e a sua opinião a respeito do assunto. Segundo ele, as nossas tomadas de decisões em situações estressoras, é definida em como escolhemos lidar, e essa decisão permeia as prioridades que estabelecemos. Para Ivan as prioridades são: Família, Ele, Amigos e depois o trabalho, como sendo o que dá condições dele poder curtir e aproveitar mais a vida dele, com familiares e amigos.

E você, já pensou no que é prioridade em sua vida? Com o que vale a pena ocupar seu tempo?

Esse Ranking só pode ser feito por você e precisa fazer sentido para a sua vida. Desta forma, pode ser possível levar a vida de forma mais leve e equilibrada, diminuindo a intensidade e frequências dos fatores estressores.

Dependendo das situações as quais vivenciamos, pensar nessas prioridades e refletir a respeito deste assunto pode gerar angústia, e nem sempre damos conta de lidar com esse sofrimento sozinhos. É neste momento onde os profissionais da psicologia se colocam à disposição, para tornar esse processo mais leve. Com o devido tratamento é possível aliviar os sintomas da dor de cabeça, dificuldade de memória e atenção, assim como tantos outros sintomas ocasionados por situações estressoras. O processo é lento, demorado e exigindo coragem.

Eu sou Marina, sou psicóloga e espero ter contribuído na sua vida!

Formada em psicologia em 2019 Marina realizou especializações em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Educação Especial e Avaliação Psicológica e atualmente se dedica aos estudos da Neuropsicologia e ABA aplicada para o Transtorno do Espectro Autista e Deficiência Intelectual. Tem experiência também no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e  com atendimentos clínicos para diversos públicos, em especial para Transtornos do Neurodesenvolvimento.

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