Hora da Saúde Mental por Marina Souto Ferreira

2 de Abril é o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo!

Então tenho a honra de escrever esta coluna nesta data tão especial!

2 de Abril é o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo!

No ano de 2007 a Organização das Nações Unidas criou este dia com o intuito de conscientizar e disseminar informações a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA), para poder reduzir o preconceito que envolve as pessoas nesta condição. A causa dos Autismo é Multifatorial, ou seja, são diversos fatores que podem contribuir para o aparecimento deste transtorno. No entanto, pesquisas sugerem que 93% à 97% dos casos, apresentam fatores genéticos, porém não há ainda o conhecimento a respeito de qual sequenciamento genético apresenta.

Este Transtorno é compreendido enquanto um transtorno do neurodesenvolviendo tendo em vista que afeta aspectos neurológicos, tais como a função executivas, cognição, comunicação, habilidades sociais, alterações também na forma como capta as informações pelos 5 sentidos (tato, olfato, audição, paladar e visão), podendo ser hiper ou hipo sensível, o que tende a  dificultar as atividades da vida diária, como por exemplo: alimentação, comendo alimentos de mesma textura/cor; higiene pessoal, para um hipersensível tomar banho pode apresentar a mesma sensação de diversas agulhas espetando o seu corpo, sendo necessárias adaptações para possibilitar melhor qualidade de vida e autonomia; como também alterações no desenvolvimento motor, como andar nas pontas dos pés, dificuldade para realizar o movimento de pinça com os dedos, entre outros tantos sintomas. Desta forma é compreensível que o Diagnóstico do TEA é complexo, e exige cautela, assim como uma avaliação com uma equipe de profissionais que envolve as áreas da psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, psicopedagogia, nutricionista, neurologista e psiquiatra. Esta equipe também é fundamental para o tratamento e melhora do quadro clínico do paciente. Sendo ainda necessário o acompanhamento médico com psiquiatra e neurologista, pois é possível apresentar outros transtornos em conjunto, como por exemplo: ansiedade e depressão.

A psicologia contribuirá nestes casos, realizando avaliação do desenvolvimento,  acolhimento e orientando a família, contribuindo para o planejamento terapêutico individualizado, de preferência realizado em conjunto com os demais profissionais responsáveis pelo caso. Pode fazer atendimentos de Estimulação Precoce de 0 à 6 anos, buscando o despertar de novas conexões neurológicas para reduzir os prejuízos. Assim como, treino de habilidades sociais e comportamentais, potencializando o reconhecimento e expressão das emoções. Organização de rotina em conjunto com a família, utilizando de estratégias que sejam interessantes para o paciente. Realização de relatórios mostrando a evolução dos aspectos de desenvolvimento, para serem entregues a família e demais profissionais. Além disso, é importante a realização de visitas escolares e orientações para adaptações na escola.

Lembretes importantes nestes casos:

Tratar sintomas é mais importante do que tratar diagnósticos;

Ninguém se torna autista na vida adulta, se nasce com esta condição;

Autismo não é doença, então não tem cura;

Podemos identificar diversos sintomas, mas para se configurar um transtorno é somente quando apresenta prejuízos sociais, cognitivos, afetam a aprendizagem, e principalmente que geram sofrimento tanto para a pessoa e seus familiares.

Atender este público me possibilito reconhecer em meio às dificuldades, as inúmeras potencialidades e de fato acreditar nelas!

Eu sou a Marina, sou psicóloga e espero ter contribuído na sua vida!

Até a próxima terça-feira, aqui no Clic Paverama!

Formada em psicologia em 2019 Marina realizou especializações em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Educação Especial e Avaliação Psicológica e atualmente se dedica aos estudos da Neuropsicologia e ABA aplicada para o Transtorno do Espectro Autista e Deficiência Intelectual. Tem experiência também no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e  com atendimentos clínicos para diversos públicos, em especial para Transtornos do Neurodesenvolvimento.

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