As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024 causaram inundações que provocaram danos e perdas de vidas. O desmatamento no estado é apontado por especialistas como um dos fatores que podem ter agravado a situação. É importante dizer que o desmatamento não é o único fator que contribuiu para as inundações no Rio Grande do Sul.

Sem a mata ciliar, a perda da capacidade de retenção de água no transbordamento dos rios é notória. As árvores e outras plantas da vegetação nativa têm raízes que ajudam a absorver e reter a água da chuva, diminuindo o escoamento superficial e prevenindo inundações. O desmatamento elimina essa vegetação, aumentando o volume de água que corre sobre o solo e intensificando as cheias.

O desmatamento deixa o solo exposto à erosão, que pode levar ao assoreamento de rios e córregos, diminuindo sua capacidade de vazão e contribuindo para o transbordamento durante chuvas fortes.

Sem a vegetação para frear a água, a velocidade da mesma escoa mais rapidamente pelas encostas e declives, intensificando a força das inundações e causando maior arrasto de sedimentos e detritos.

As plantas absorvem água do solo e a liberam na atmosfera por meio da evapotranspiração. O desmatamento diminui esse processo, reduzindo a capacidade do solo de absorver água e aumentando o volume disponível para escoamento e inundações.

Outros fatores, como a topografia do terreno, a urbanização desordenada e a falha na infraestrutura de drenagem, também tiveram impacto significativo.

O que já é possível fazer para evitar quer gerações futuras não tenham essa experiência?

Para reduzir os riscos de futuras inundações, é necessário um conjunto de medidas. Entre elas o reflorestamento: O plantio de árvores e outras espécies vegetais em áreas degradadas é fundamental para recuperar a capacidade de retenção de água do solo e reduzir o escoamento superficial.

É crucial preservar as florestas e outros biomas existentes, evitando o desmatamento e promovendo o manejo sustentável dos recursos naturais.

Outra prioridade deve ser o planejamento urbano adequado. O planejamento das cidades deve levar em consideração a drenagem das águas pluviais, evitando a ocupação de áreas de risco e investindo em infraestrutura adequada para escoamento da água.

Implementação de políticas públicas: Governos e autoridades devem implementar políticas públicas que incentivem o reflorestamento, a proteção da vegetação nativa e o desenvolvimento urbano sustentável.

O desmatamento é um problema sério que afeta não apenas o meio ambiente, mas também a segurança e o bem-estar da população. Ao tomarmos medidas para combatê-lo, podemos contribuir para a redução dos riscos de inundações e outros desastres naturais, além de protegermos a qualidade de vida para as presentes e futuras gerações.